Aproveitando esse momento de quarentena (março/2020), um filme que recomendo é o filme “Por Lugares Incríveis“, disponível na Netflix.
Não pretendo nesse texto trazer spoilers do filme, apenas informar como o mesmo se inicia para falar do motivo da recomendação.
O filme é baseado no livro homônimo de Jennifer Niven e trata de um tema muito polêmico: o suicídio! A protagonista da trama é Violet Markey, uma adolescente de 17 anos que sofre com a morte da irmã mais velha – sua irmã e melhor amiga. Afastada dos amigos e da família, o filme inicia com ela em uma ponte, com pensamentos suicidas. É nesse momento que aparece Theodore Fitch, um colega da escola que a ajuda a desistir do ato.
No desenrolar da história, podemos observar os comportamentos e sentimentos da Violet, a forma como o Theodore a auxilia – mesmo passando por seus próprios desafios – e como ela melhora e passa a ver a vida de outra forma, totalmente diferente.
Alguns pontos de destaque do filme são:
Após estudar um pouco a forma de atuação do CVV e inteligência emocional (método EVO – Márcio Michelli), comecei a ver o assunto de uma forma diferente, derrubar meus próprios pré-conceitos e buscar entender o que se passa com cada um de nós.
A maior parte da sociedade evita falar sobre esse assunto, no entanto, ele está presente em nossas vidas muito mais do que imaginamos. O suicídio é considerado pelo Ministério da Saúde como um problema de saúde pública, a estimativa é que 32 pessoas tiram a própria vida por dia:
“Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida”, ou seja, em uma sala com 30 pessoas, 5 delas já pensaram em suicídio.
Segundo o Ministério da Saúde:
“O suicídio é um fenômeno complexo, multifacetado e de múltiplas determinações, que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero”.
Todas as pessoas podem, em algum momento da vida, pensar em suicídio. É preciso estar atento a si mesmo, familiares e amigos, as pessoas sob risco de suicídio costumam falar sobre morte e suicídio mais do que o comum, confessam se sentir sem esperanças, culpadas, com falta de autoestima e têm visão negativa de sua vida e futuro. Essas ideias podem estar expressas de forma escrita, verbal ou por meio de desenhos. Também podem se isolar, não atendendo a telefonemas, interagindo menos nas redes sociais, ficando em casa ou fechadas em seus quartos, reduzindo ou cancelando todas as atividades sociais, principalmente aquelas que costumavam e gostavam de fazer.
Como podemos definir o suicídio:
Segundo material disponível no site do CVV: “Suicídio é um gesto de autodestruição, realização do desejo de morrer ou de dar fim à própria vida. Vários motivos podem levar alguém ao suicídio. Normalmente, não é um motivo único, e sim um conjunto de situações, onde a pessoa tem a necessidade de aliviar pressões externas, como cobranças sociais, culpa, remorso, depressão, ansiedade, medo, fracasso, humilhação, etc.”
O suicídio pode ser prevenido?
Sim, segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde, 90% dos casos de suicídio podem ser prevenidos, desde que existam condições mínimas para oferta de ajuda voluntária ou profissional. No Brasil, pode ser buscado ajuda em:
CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde);
UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro, Hospitais;
CVV – Centro de Valorização da Vida – Ligação gratuita para o número 188 em todo território nacional
Como posso ajudar alguém que está pensando em suicídio?
Segue abaixo os 4 passos para ajudar uma pessoa sob risco de suicídio, sendo o Ministério da Saúde.
Além disso, vale ressaltar que um lema abordado no site do CVV é: “Falar é a melhor solução”.
” E porque seria? A primeira razão é a quebra de tabus e o enfrentamento do problema. A sociedade em geral precisa reconhecer sinais, diferenciar mitos e verdades, ouvir profissionais e ter acesso a formas de apoio. Falar também é a melhor solução quando enxergamos pelos olhos de quem pensa em suicídio. Em geral, essas pessoas sofrem uma grande dor e não veem saída para ela, chegando a pensar no suicídio como uma forma de ‘matá-la’. Em geral, quem pensa em suicídio não quer necessariamente morrer, mas fazer aquela dor sair, mas não sabe como.
A dor, portanto, precisa ter fim, de alguma forma. Assim como os outros sentimentos, como alegria, orgulho, amor, a dor precisa ser expressa, senão sufoca.”
O filme “Por Lugares Incríveis” aborda o assunto, o enfrentamento do problema e nos leva a pensar: Será que realmente estamos escutando quem nos procura? Estamos atento a mudança de comportamentos em nossos familiares, amigos e conhecidos? Estamos sendo empáticos com quem está precisando?
Se você precisa falar sobre algo, pode acessar o site www.cvv.org.br e/ou do Ministério da Saúde e verificar as formas de atendimento disponíveis.
Filme no Netflix: “Por Lugares Incríveis” – https://www.netflix.com/title/80208802
Referências:
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/suicidio
https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/af2_cvv_cartilha-suicidio_a4-com-188.pdf
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